quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O ultimo cavaleiro

Esses dias estou mais saudosista, sei lá, tem horas que bate uma saudade de alguns momentos que já foram. O fato é que hoje encontrei o gordinho, visitei o Dunhão e falei com o Dribas no MSN, foi o reencontro dos quatro cavaleiros, e fiquei lembrando os momentos que passamos juntos, momentos simples num mundo tão sofisticado. A grande diversão era se encontrar na casa do Dribas e “fazer um som”, se encontrar na praça do castelinho e saborear pão com mortadela na padaria do Mateus ou “rachar” uma “oleosa” como dizia o Dunhão. Os encontros eram regados com muitas historias e risos, era uma época sem muitas preocupações. Mas como tudo que é bom...O tempo foi nos distanciando. O primeiro a sair foi o Gordinho, decidiu ir para uma ordem religiosa. Eu achava o Maximo quando ele aparecia, raras vezes, com seu “hábito” de jeans surrado, e cheio de historias da vida monástica, era uma diversão, nunca deixara de ser o Gordinho de antes, gozador, atrapalhado e língua frouxa. Meses mais tarde ele abandonou o hábito e casou-se, restaram três.

Dribas foi o segundo, mudou-se pra Guarulhos com a família, adeus as tardes, noites e porque não dizer os dias de alegria naquela casa, Dribas era um fanfarrão, adorava tocar violão e entoar musicas do cidade negra, era uma festa. Anos mais tarde casou-se, restaram dois.

E é justamente nesse momento que Dunhão esta de casamento marcado que escrevo. Estou me sentindo o “ultimo dos moicanos”, o ultimo de uma espécie. Parei pra refletir sobre a vida, notei que todos da minha geração estão bem, com suas famílias, filhos e me pergunto: que estrada trilhei? O que tenho? O meu maior sonho é de ser pai, constituir uma família, pode até ser um sonho mesquinho, mas confesso que tenho. Nunca almejei grandes coisas, me sinto um peixe fora d’água num mundo que você é medido pelo que tem e não pelo que é, sinto que tracei um caminho que me levará a tudo menos ao sucesso. Nesses dias de frio ando pensativo, e já anunciei: quando o Dunhão casar vou chorar mais que a noiva. Será o fim de um ciclo, de uma era. E eu? Continuo aqui, só, “quixoteando” pela vida, derrubando moinhos de vento e sempre a espera de minha Dulcinéia. Realmente ando saudosista, e confesso que tão triste que tem dias que não olho no espelho. Preciso de oxigênio, preciso de carinho.

Por hora é só, amanhã tem mais.